Aceitando nossos defeitos e fortalezas

Imagem de Alexa por Pixabay

Você já parou para pensar em como seria sua vida se você parasse de lutar contra quem você é? Eu tenho pensado muito sobre isso ultimamente e em como é tênue a linha entre querer ser uma pessoa melhor ou querer ser outra pessoa.

Muitas vezes hoje vemos a busca pela perfeição, alimentada por comparações constantes e padrões irreais e que nos afasta do que realmente importa: viver em paz com nós mesmos. E eu acredito que esse estado de bem-estar duradouro só é possível quando damos um passo fundamental que é nos conhecer de verdade, com tudo o que somos: defeitos, fortalezas, cicatrizes e potenciais.

O autoconhecimento é mais do que uma palavra da moda: ele é um processo contínuo de olhar para dentro com curiosidade, honestidade e gentileza. Quando você se conhece melhor, passa a tomar decisões mais alinhadas com seus valores, reconhece o que te faz bem e o que te faz mal, desenvolve auto compaixão e empatia pelos outros e aumenta sua autoestima.

Alguns estudos já apontam que pessoas com maior autoconsciência tendem a ter menos ansiedade, relacionamentos mais saudáveis e maior satisfação com a vida. Imagina como é difícil tentar cultivar bem-estar quando estamos em guerra com quem nós somos de verdade.

Todos temos lados que preferimos esconder, de nós mesmos e dos outros. Aquela insegurança que aparece, o medo de errar, o temperamento difícil em dias estressantes. Mas aqui está a verdade: ninguém é só luz! 

Quando nós reconhecemos nossos defeitos podemos abrir espaço para um maior crescimento, tirar o peso da perfeição constante e diminuir a autocrítica. E veja bem, aceitar não é o mesmo que se acomodar. É reconhecer onde você está hoje para, a partir disso, traçar um caminho mais gentil para a mudança.

Não sei se você é uma dessas pessoas,  mas muita gente têm mais facilidade em listar seus defeitos do que suas qualidades e eu me incluía nesse grupo até pouco tempo. Mas cultivar bem-estar exige que a gente reconheça o que há de bom em nós e isso não é ego, é saúde emocional.

Quando a gente aprende a destacar nossas forças, também reforçamos nossa autoestima, podemos focar em potencializar esses pontos positivos e nos dá autoconfiança para lidar com os desafios da vida.

O segredo não está em tentar eliminar todos os seus defeitos, mas em equilibrá-los com suas qualidades. Quando você aceita suas complexidades, vive de forma mais autêntica e isso tem o potencial de reduzir a ansiedade social, melhorar seus relacionamentos e fortalecer sua conexão consigo mesmo.

Quando abraçamos a nossa autenticidade temos menos necessidade de agradar os outros (e nos machucar no caminho), mais alinhamento com quem somos e a vida que queremos viver, equilíbrio entre o que pensamos e o que expressamos e mais liberdade e leveza.

Ser você mesmo é libertador. E ser verdadeiro não significa ser perfeito, significa ser inteiro.

Nós não somos um projeto inacabado que está sempre esperando por uma versão perfeita. Somos seres humanos em constante evolução. E é justamente quando aceitamos nossos limites e reconhecemos nossas virtudes que encontramos o caminho da paz interior.

Quando aceitamos nossos defeitos e fortalezas estamos mais próximos do amor-próprio. 

Experimente este exercício simples:

Escreva três qualidades e três dificuldades que você reconhece em si. Observe como você se sente ao olhar para essas partes sem julgamentos e o como essas características foram vividas na sua vida até hoje. 

Se você chegou até aqui, já começou sua jornada de autoconhecimento!

Com carinho, 

Josi

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