5 ferramentas para se conhecer melhor

Close-up of hand writing in notebook using a blue pen, focus on creativity.

Olá querido leitor! Seja muito bem-vindo de volta ao nosso espaço de autoconhecimento e bem-estar. Na nossa última conversa, começamos a falar sobre a linguagem sutil do corpo e das emoções, entendendo um pouco de como eles se comunicam conosco e como podem nos guiar em direção a um maior bem-estar. Hoje, vamos explorar 5 ferramentas para se conhecer melhor e aprimorar sua vida. Essas 5 ferramentas para se conhecer melhor são essenciais para o autoconhecimento.

Hoje, nós vamos mergulhar em algumas ferramentas práticas que podem te ajudar a aprimorar essa escuta. Assim como aprendemos um novo idioma com estudo e prática, desenvolver a sensibilidade para entender as mensagens do nosso corpo e das nossas emoções também requer dedicação.

1. A respiração como âncora e guia

A respiração é uma bússola de enorme poder e sempre acessível. Em momentos de tensão ou ansiedade, muitas vezes nossa respiração se torna curta e acelerada. Trazer a atenção para o ritmo da respiração, observar o ar entrando e saindo do corpo, pode nos ajudar a nos ancorar no presente e nos acalmarmos.

Experimente dedicar alguns minutos do seu dia para simplesmente observar a sua respiração. Sinta o ar entrando, preenchendo os pulmões e o abdômen, e depois sendo liberado. Se notar alguma tensão, tente relaxar os ombros e o maxilar a cada expiração. Essa prática simples pode te ajudar a identificar os momentos em que o seu corpo está sinalizando estresse.

2. O escaneamento corporal 

Essa técnica de mindfulness consiste em levar a atenção para diferentes partes do corpo, observando as sensações presentes. Comece pelos dedos dos pés e vá subindo lentamente, passando pelos tornozelos, pernas, tronco, braços, mãos, pescoço e cabeça. 

Ao fazer o escaneamento, procure observar qualquer sensação de tensão, calor, frio, formigamento ou relaxamento. Não tente mudar nada, apenas observe o que está presente. Essa prática nos ajuda a nos reconectar com as sensações físicas e a identificar áreas do corpo onde costumamos acumular tensão, muitas vezes ligada a emoções específicas.

3. O diário de emoções e sensações

Manter um diário pode ser uma forma valiosa de mapear as suas emoções e as sensações físicas ao longo do dia. Anote as situações que vivenciou, as emoções que surgiram e as sensações que percebeu no corpo.

Com o tempo, você poderá identificar padrões entre determinadas situações, emoções e sintomas físicos. Por exemplo, você pode notar que sempre que se sente pressionado no trabalho, desenvolve dor de cabeça, ou que a ansiedade se manifesta como uma dor no estômago. Essa consciência é o primeiro passo para compreender a mensagem por trás desses sinais.

4. A pausa consciente ao longo do dia

Em meio à correria, reserve pequenos momentos para fazer uma pausa e se perguntar: “Como estou me sentindo agora?”. Observe tanto as suas emoções quanto as suas sensações físicas. Essa breve checagem pode te ajudar a identificar sinais de alerta antes que eles se intensifiquem. Eu coloquei como meta alguns anos atrás ter um pouco mais de tempo de descanso no meu horário de almoço. Essa possibilidade existe por eu ser profissional liberal, mas você pode criar um tempo no seu dia para essa pausa. Seja ela antes de dormir, de forma consciente e de preferência com o celular desligado.

5. Movimento consciente

A prática de atividades físicas que envolvem a consciência corporal, como yoga, tai chi, Pilates ou até mesmo uma caminhada atenta, pode te ajudar a se reconectar com o seu corpo e a perceber as sutilezas das suas sensações. Preste atenção aos movimentos, à respiração e às sensações musculares durante a prática. Uma meditação que aprendi e gosto de praticar é lavando a louça. Eu busco me concentrar nas sensações da água, do sabão e não pensar sobre as preocupações que normalmente estão na minha cabeça.

Lembre-se que esse processo de aprender a ouvir o corpo e as emoções é gradual. Seja gentil e paciente com você mesmo ao longo dessa jornada. Nem sempre será fácil identificar o que estamos sentindo ou a mensagem por trás de um sintoma físico.

Se sentir que as mensagens do seu corpo são muito intensas ou persistentes, ou se as suas emoções estão te causando sofrimento, conte com o apoio de um profissional de saúde, como um psicólogo ou um médico. Eles poderão te oferecer um suporte mais específico e te ajudar a lidar com suas emoções da forma mais saudável possível.

A prática constante dessas ferramentas pode te levar a uma relação mais íntima e compassiva com o seu corpo e as suas emoções. Ao aprender a escutar essa linguagem interna, você estará fortalecendo o seu autoconhecimento e construindo um caminho mais consciente e saudável em direção ao bem-estar.

No nosso próximo encontro, vamos explorar como podemos acolher e validar as nossas emoções, mesmo aquelas que consideramos “negativas”. Até lá, experimente incorporar essas práticas no seu dia a dia e apenas observe.

Com carinho,

Josi

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