Bem-estar e as emoções

Imagem de lisa runnels por Pixabay

Olá novamente! Muito bom ter você por aqui! Após nós falarmos sobre o poder do autoconhecimento, hoje vamos dar um passo ainda maior nessa jornada e aprender a escutar o nosso corpo e as nossas emoções. Você perceberá que o autoconhecimento é um pilar essencial para o nosso bem-estar.

Imagine que seu corpo é como um livro aberto, que sussurra e, muitas vezes, grita as verdades que a mente nem sempre consegue processar ou expressar. Cada dor, cansaço inexplicável, tensão pode ser uma mensagem dele para você, esperando que você a decifre. Do mesmo jeito, as emoções, mesmo aquelas que tentamos ignorar são como uma bússola interna que guia e nos alerta sobre o que está acontecendo em nosso mundo interior e exterior.

Mas o problema disso é como interpretar! Por vezes, estamos tão afundados no ritmo acelerado da vida, nas obrigações e preocupações do dia a dia, que não sabemos mais identificar o que nosso corpo quer falar. Ignoramos um aperto no peito, aquela famosa dor de cabeça persistente, aquela irritabilidade constante, e colocamos a culpa todo no estresse ou no cansaço daquele dia ou da vida. No entanto, esses podem ser sinais importantes de que algo não está em equilíbrio.

A psicossomática nos mostra como as nossas emoções e os nossos estados mentais podem influenciar diretamente o nosso corpo físico. Aquilo que não expressamos em palavras, o corpo pode manifestar em sintomas. Uma ansiedade não reconhecida pode se transformar em problemas digestivos, um medo constante pode gerar dores nas costas, uma tristeza profunda pode levar à fadiga crônica.

Então é importante aprender a ouvir o nosso corpo. No início, tudo pode parecer estranho e confuso, mas com atenção e prática, vamos identificando os padrões e compreendendo os significados. Uma respiração ofegante pode querer indicar ansiedade, ombros tensos podem ser reflexo de estresse, um nó na garganta pode sinalizar dificuldade em expressar algo.

Da mesma forma, as emoções são mensageiras poderosas. A alegria nos impulsiona e nos conecta com o que nos faz bem. A tristeza nos convida ao recolhimento e à cura. A raiva nos alerta sobre injustiças e a necessidade de estabelecer limites, mas também pode ser um excelente impulsionador. O medo quer nos proteger dos perigos e novos sofrimentos. Cada emoção tem a sua função e nos traz informações valiosas sobre as nossas necessidades, aquele momento e o que está ao nosso redor.

É um grande desafio não julgar e tentar reprimir o que estamos sentindo e sim acolher cada emoção como uma parte legítima da nossa experiência humana. Ao invés de lutar contra a raiva, por exemplo, podemos nos perguntar: o que está me deixando tão irritado? Qual limite foi cruzado? Que necessidade minha não está sendo atendida?

Comece a prestar atenção aos sinais sutis e isso por si só já é um exercício de presença e gentileza conosco. Reserve momentos ao longo do dia para fazer uma pausa e observar como o seu corpo se sente. Quais são as suas sensações físicas? Quais emoções estão presentes?

Você pode iniciar com pequenas práticas, observando a sua respiração em momentos de tensão, percebendo onde o seu corpo armazena o estresse ou identificando as situações que desencadeiam determinadas emoções. Anotar em um diário digital ou físico as suas sensações físicas e emocionais ao longo do dia também pode ser uma ferramenta poderosa de autoconhecimento.

Lembre-se, o seu corpo e as suas emoções estão sempre conversando com você. Elas se traduzem em sentimentos e os sentimos moldam o nosso corpo. Aprender a ouvir essa conversa é um ato de profundo cuidado e um passo essencial para construir um bem-estar verdadeiro. Quando acolhemos as nossas emoções, nos tornamos capazes de compreender as nossas necessidades, de fazer escolhas mais alinhadas com nosso propósito e ter uma saúde mais integral. 

Nos próximos posts, exploraremos juntos algumas ferramentas práticas para aprofundar essa escuta. Até lá, busque praticar a gentileza de se observar com curiosidade e abertura.

Com afeto,

Josi

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